O içamento de cargas é um procedimento operacional muito importante e que segue uma série de regras e recomendações de segurança. Cada tipo de içamento, seja com guindaste, grua, munck ou ponte rolante, precisa seguir um passo-a-passo para evitar acidentes e garantir a integridade das cargas e das pessoas.
Em cada etapa é necessário ter atenção a pontos de sensibilidade. Entenda como funciona o içamento de carga e como elaborar o procedimento.
Atividades e Descrição: Todos os participantes da operação devem ter clareza e a descrição das atividades envolvidas, incluindo o local do içamento e os fatores de risco, como veículos, piso, atropelamento, queda etc. E as consequências como fratura, escoriações, traumatismos, torções etc.
Avaliar ainda as medidas a serem tomadas como segurança, abordando o uso dos acessórios, como cintas, correntes, cabos de aço etc. Os fatores de risco serão sempre analisados pela equipe.
Medidas de Segurança: as equipes são treinadas para cumprir algumas medidas básicas de segurança, que incluem: sinalizar a área no momento de estacionar o equipamento; a operação dos equipamentos e o içamento das cargas devem ser feitos apenas por pessoas treinadas e capacitadas, com os devidos acessórios e equipamentos checados; é preciso acionar o sinal sonoro para alertar sobre a movimentação; a carga não pode ser manuseada com as mãos; não é permitido passar sob a carga suspensa; atenção no momento do içamento para não bater em estruturas ou equipamentos; não subir na carga; não ultrapassar o peso recomendado; e, em caso de carga crítica, utilizar o Plano de Rigging.
Equipamento de Proteção Individual (EPIs): é obrigatório o uso do capacete com jugular para proteger de possíveis incidentes com ferimentos, batidas ou quedas de materiais, principalmente os corrosivos químicos; calçados de segurança com biqueira para proteção dos pés contra quedas de objetos, agentes abrasivos e escoriantes ou umidade; óculos de proteção contra ferimentos, poeiras e respingos químicos; protetor auricular tipo plug ou concha, para proteger de perdas auditivas e demais sintomas; luvas de lona, para proteger as mãos de agentes mecânicos.
Existem ainda os EPIs específicos: luvas de raspa de couro, para proteger as mãos contra agentes mecânicos e térmicos e creme protetor, para evitar incidentes de irritação da pele por contato com produtos químicos, óleos e graxas.
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs): materiais de sinalização, como fitas zebradas, cones, telas, barreiras físicas etc. E os equipamentos e dispositivos, como cintas, correntes, patolas, cabos de aço, laços, anilhas, olhal, balancim, levantador magnético, garras de elevação etc.
Meio Ambiente: realizar a medição de fumaça preta nos veículos para evitar a emissão poluente.
Investigação e Treinamentos: em caso de acidente, como a ruptura de um acessório, é preciso executar a troca e investigar as causas do mesmo. Lembrando que todo o procedimento é realizado para que não ocorram situações de risco. Por isso são realizados treinamentos para capacitar os operadores e certificá-los.
Segurança na operação
As operações de movimentação de carga exigem muitos cuidados, já que envolvem riscos. Dentre eles, está a possibilidade de tombamento do equipamento devido a uma falha de estabilização, por uma abertura desigual dos estágios dos estabilizadores ou afundamento devido a falhas no dimensionamento da resistência do terreno ou por sobrecargas não calculadas.
Outro problema de segurança, pode ser a quebra da lança por uso indevido ou incorreto dos recursos do guindaste ou sobrecarga. Grande parte dos guindastes, por questão de segurança, possui um LMI (limitador de momento de carga) que visa informar, alertar, limitar e bloquear os movimentos da lança.
A operação deve contar com um responsável, um supervisor de movimentação de cargas, um operador para cada equipamento e auxiliares de movimentação de cargas, com conhecimento de suas responsabilidades.
Esses profissionais devem ter conhecimento da máquina; riscos e medidas de prevenção; princípios da física aplicados ao guindaste; técnica de amarração de cargas; do manual do fabricante, das tabelas de cargas, da influência do vento na operação de guindaste com carga; de sinalização manual e via rádio; de interpretação de plano de rigging e ter prática operacional.
A saúde dos profissionais deve ser avaliada por exames médicos seguindo o programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO).
Plano de rigging
Um dos materiais de acompanhamento é o plano de rigging que, além do formulário com os valores de carga, configuração do guindaste, capacidade informada na tabela e acessórios recomendados, prevê todos os movimentos dos guindastes, suas configurações, detalhes de amarração e folgas operacionais.
Referência: https://bityli.com/xXBllZpcl
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